pituxomania43

Tuesday, May 27, 2008

NO PAPO DO PRESIDENTE

OU SEJA, NAS MÃOS DO PRESIDENTE


É o Presidente da República quem decide as indicações da maior parte dos detentores de cargos vitalícios ( Os indicados sempre serão eternamente gratos ao seu bom feitor). Na nomeação para o Supremo, são escolhidos cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. O ministro é indicado pelo presidente, mas só é nomeado de pois de uma superficial sabatina no Senado ( nunca nenhum dos sabatinados foi reprovado... seria uma afronta ao presidente!).
Já no STJ, a indicação dos 33 ministros também é definida pelo presidente da República, mas a escolha é realizada mediante análise de uma lista tríplice enviada pelas categorias de advogados, juízes dos Tribunais Regionais Federais, desembargadores dos Tribunais de Justiça e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, visto que as vagas são divididas por categorias de profissionais da área jurídica.
No TCU, a indicação dos ministros ( estes que irão julgar a probidade dos gastos presidenciais) é feita pelo presidente da República ( um terço da composição do pleno) e pelo Congresso Nacional (dois terços).
Já os membros do Ministério Público Federal iniciam a carreira no cargo de procurador da República, após participarem de concurso público específico. Quando promovidos, passam para o cargo de procurador-regional e, por último, de subprocurador-geral da República. Depois de dois anos de exercício, só podem perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado, pois adquirim a vitaliciedade. O procurador-geral é escolhido pelo presidente da República dentre os subprocuradores para mandatos de dois anos. Em todos os casos, os ministros e procuradores permanecem nos cargos até a aposentadoria. CB, pag.3 - 25-05-2008.
"O saber é o caminho"

Seguindo:

Grupo de Deputados Federais estão propondo:
(Estão mexendo num vespeiro - cutuca e corre!)

1. Fim da vitaliciedade de todos os cargos. Os ministros passam a exercer mandatos e teraão de se submeter a novo processo de seleção a cada oito anos;

2. Parte das indicações deve ser prerrogativa do congresso Nacional e das Assembléias Legislativas;

3. Servidores dos órgãos e demais brasileiros também devem participar das escolha dos nomes dos novos ministros;

4. O presidente da República deixa de dar a palavra final na indicação dos ministros do STF, STJ e do Ministério Público;

5. O novo processo de eleição para valer para os novos indicados. Os atuais ministros, portanto, preservam o caráter vitalício das suas funções

CB, 25-05-2008


Para que atinjamos a democracia plena tornar-se-ia necessária a dasabrigatoriedade do voto eleitoral. Moto: "Brasileiro unido luta porisso!"

OS SEM TETO POPULAÇÃO DE RUA

Editado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Nº 638 - Brasília, 29 de Abril de 2008

Pesquisa inédita revela como vive população de rua
De cada cem pessoas que moram na rua, 71 trabalham e 52 têm pelo menos um parente na cidade onde vivem. A atividade mais freqüente é a coleta de material reciclável e uma significativa parcela considera boa a relação com seus familiares. O trabalho e o vínculo familiar são aspectos que compõem a primeira Pesquisa Nacional sobre a População em Situação de Rua, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Os resultados foram divulgados nesta terça-feira (29/04), em Brasília.

A pesquisa, executada em outubro de 2007, envolveu 71 municípios (23 capitais e 48 cidades com mais de 300 mil habitantes). O levantamento identificou 31.992 pessoas com 18 anos ou mais de idade em situação de rua, o que equivale a 0,061% da população destas localidades. Do total, 72% afirmam que exercem alguma atividade remunerada. A maior parcela (28%) é catadora de materiais recicláveis. A atuação como “flanelinha”, carregador, na construção civil e no setor de limpeza são outros tipos de trabalho mais freqüentes citados por este público.

No levantamento, não foram incluídas três capitais que realizaram pesquisas semelhantes recentemente: São Paulo (SP), com 10.399 pessoas em situação de rua; Recife (PE), 1.390; e Belo Horizonte (MG), 916. Pelo mesmo motivo, Porto Alegre (RS) também não participou da pesquisa, mas o MDS ainda não teve acesso aos dados.

Profissão - Os dados revelam que a população de rua não é composta por “mendigos” e “pedintes”. De acordo com a pesquisa, apenas 16% dessas pessoas pedem dinheiro para sobreviver. Além disso, 59% afirmaram ter profissão, principalmente relacionada à construção civil, ao comércio, ao trabalhado doméstico e ao serviço de mecânica. Dos entrevistados, 48% disseram que nunca tiveram a carteira de trabalho assinada.

Quanto aos vínculos familiares, o estudo também traz uma surpreendente informação: 52% dos entrevistados declararam que têm algum parente na cidade onde vivem. Destes, 34% mantêm contatos freqüentes com a família e 39% classificam como boa essa relação. Foi detectado também que 46% sempre viveram no município em que moram atualmente.

Outro dado relevante verificado pela pesquisa é a posse de documentação. Dos entrevistados, 75% têm pelo menos um documento, sendo que a maioria (59%) porta carteira de identidade. Grande parte, 88,5%, não é atendida por programas governamentais. A aposentadoria, o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) atingem, no máximo, pouco mais de 3% desta população.

Durante a divulgação, a ministra interina do Desenvolvimento Social, Arlete Sampaio, anunciou que o governo federal definiu uma política nacional de inclusão das pessoas em situação de rua e também afirmou que já existe uma séria de ações voltadas para essa população, como os investimentos na geração de trabalho e renda aos catadores de material reciclável. “Vamos adequar nossas ações a essa realidade apresentada pela pesquisa, inclusive com a retirada das ruas daqueles em que é possível, e criar mecanismos de assistência para aqueles que não têm condições de sair das ruas”, esclareceu.

A secretária nacional de Assistência Social do MDS, Ana Lígia Gomes, explicou que essa é a primeira iniciativa nacional de identificação dos problemas e das dificuldades da população que vive em situação de rua. “Com base nos resultados da pesquisa, pretendemos aprimorar a proposta de política nacional voltada para esse público, articulando ações juntamente com outros ministérios”, disse Ana Lígia. Ela informou que o Ministério já investiu R$ 8,2 milhões em projetos de inclusão produtiva, além de repasse de R$ 1,6 milhão a municípios para atender essa população e estruturação de abrigos.

Mais homens e alfabetizados - O levantamento identificou uma predominância masculina (82%) entre as pessoas que vivem na rua. A maior parte, 53%, entre 25 e 44 anos, sendo que 30% se declararam negros, índice bem acima da média nacional, que é de 6,2%. Já o percentual dos que se consideram brancos é de 29,5% (54% entre o conjunto dos brasileiros).

Em relação à freqüência à escola, o levantamento mostra que 95% não estudam atualmente. Do universo pesquisado, 74% sabem ler e escrever, mas 63,5% não concluíram o ensino fundamental. A renda, na maioria dos casos, varia de R$ 20 a R$ 80 semanais.

Os problemas causados pelo alcoolismo e as drogas são apontados por 35,5% dos entrevistados como o principal motivo para passar a viver na rua.. O desemprego, com 30% das citações, e os conflitos familiares, com 29%, compõem o quadro de razões que os levam a viver nas ruas.

Dos pesquisados, 70% costumam dormir na rua e 22% em albergues, mas 46,5% preferem passar a noite na rua, principalmente por causa da liberdade, e 44% manifestaram preferência pela instituição, por temer a violência. Quase metade (48%) dos entrevistados que participaram do levantamento está há mais de dois anos dormindo na rua ou em albergue.

Alimentação - Segundo os resultados da pesquisa, 80% das pessoas em situação de rua fazem pelo menos uma refeição por dia, sendo que 27% utilizam o próprio dinheiro para comprar comida. Em relação às condições de saúde, 30% afirmaram ter algum problema, como hipertensão, distúrbio mental e Aids; e 19% fazem uso de medicamentos.

Os principais locais para higiene são a própria rua (33%), os albergues (31%) e os banheiros públicos (14%). Estes também são os lugares mais utilizados para fazer as necessidades fisiológicas. Sobre discriminação, as principais queixas se referem a entrar em estabelecimentos comerciais e transporte coletivo.

A aplicação da pesquisa foi uma das decisões do I Encontro Nacional sobre População em Situação de Rua, promovido em 2005. O MDS investiu R$ 1,5 milhão neste levantamento, feito pela Meta Instituto de Pesquisas de Opinião Ltda - empresa contratada por meio de licitação.

Tuesday, May 20, 2008

A VERA PASTA ITALIANA

É no dia 21 de outubro que se comemora, em vários países, o dia do Macarrão, a "pasta" de tradição italiana, saborosa e nutritiva, consumida em praticamente todo o mundo. Farinha de trigo, ovos e sal são os ingredientes básicos para a preparação deste que é um dos pratos mais apreciados pelos italianos: "pasta all'uovo", isto é, massa de ovos.


Apesar de sempre associarmos massas à Itália, é bom lembrar que não foram os italianos que a inventaram. Não se sabe ao certo nem onde nem quando esta deliciosa iguaria foi preparada pela primeira vez. Muitos séculos antes de Cristo já se preparava uma massa com cereais moídos e farinha. Após, os egípcios teriam incorporado este hábito e foram aperfeiçoando e disseminando o seu preparo. Consta que na Itália foram encontrados utensílios para preparação de massas, em uma tumba etrusca do século III antes de Cristo.
Há o mito de que Marco Polo teria auxiliado na disseminação do uso do macarrão. Esta arte teria a sido transmitida de um país para outro através do viajante veneziano que foi até a China no Século XIII, onde viveu durante alguns anos e em seguida trouxe o segredo da "pasta", como a conhecemos hoje, para a Itália
Porém, onde quer que tenha surgido é graças aos italianos que o hábito de comer massa tornou-e popular. Foram eles também que usaram os tomates, vindos da América para o preparo de suculentos molhos.
No Brasil, apesar da tradição italiana trazida pelos imigrantes e possuir um custo acessível, há um consumo de somente seis quilos de massa per capita, ao ano.
COMO PREPARAR UMA BOA MASSA
Para cada 100 gramas de farinha de trigo, um ovo. Isto é suficiente para elaborar uma porção de massa que sacia a fome de uma pessoa. Preparar massas, artesanalmente, é um processo fácil, porém exige paciência e energia. Para melhor trabalhá-la, um fio de azeite de oliva e superfície lisa - de madeira preferencialmente - para amassá-la, até que fique lisa e elástica.
Depois pode-se esticá-la com um rolo e cortá-la da forma que se quiser: lasanha, pappardelle, tagliatelle, maltagliati, fettuccini etc., para cozinhá-la em seguida ou secá-la para uso posterior. Os italianos são tão criteriosos na confeção de suas massas que estabelecem padrões de confecção. A Academia Italiana de Cozinha, por exemplo, determina que o tagliatelle deve ter uma largura de 8 milímetros e uma espessura de um pouco menos de 1 mm. A massa não deve ser muito grossa, pois assim não permite a ideal degustação de seus temperos. Se for muito fina ela quebra e gruda ao cozinhar. Não basta um bom molho para se degustar uma boa massa. Há alguns segredos de cozimento bastante simples que, se seguidos, permitem que seu macarrão seja insuperável:
a) Primeira condição para uma boa macarronada é a própria massa, que deve ser de boa qualidade. Se não usar massa fresca prefira as de "grão duro" porque permitem um melhor cozimento, tanto interna como externamente;
b) Para cada 100 gramas de massa, use um litro de água e uma colher de sobremesa de sal. Se o molho a condimentar for salgado, diminua a quantidade de sal;
c) Coloque um fio de óleo ou azeite na água para que a massa não grude. Pode até dispensar se você usar a massa de "grão duro, ela não gruda;
d) Use um caldeirão ou panela bem grande porque assim a massa terá espaço maior para cozinhar por igual, sem grudar;
e) Para dar um toque especial e aromatizar a massa, coloque na água de cozimento alguns temperos de seu gosto como cebola, folhas de louro, cravos da índia e grãos de pimenta-do-reino ou outro que preferir;
f) Coloque a massa na panela somente quando a água estiver fervendo, aumente a chama e procure não interromper a fervura, porque senão a massa não cozinha por igual e tende a grudar;
g) Coloque lentamente a massa inteira, sem quebrá-la e mexa com um garfo de cabo comprido;
h) Cozinhe em fogo alto com a panela destampada, mexendo de vez em quando com um garfo para que o macarrão se espalhe bem pela água e não grude;
i) O macarrão estará no ponto quando estiver "al dente", ou seja, ao ser mordido deve estar macio, mas oferecer uma certa resistência. Observe sempre o tempo de cozimento informado pelo fabricante da massa e retire a massa um ou dois minutos antes;
j) Assim que cozido, escorra rapidamente e muito bem a massa. Certifique-se de que não permaneça nenhuma água do cozimento para que a massa não continue a cozinhar. A água também prejudicará o tempero, tornando o molho mais ralo;
l) Se a massa for bem escorrida, não é necessário enxaguar. A água esfria a massa e faz com que os aromas e temperos não sejam bem absorvidos. Enxágue o macarrão em água fria, somente se irá usá-lo em saladas, assim não ficará mole demais até terminar de esfriar e ser temperado;
m) Depois de escorrido, coloque o macarrão numa travessa larga e envolva rapidamente com uma colher de sopa de manteiga. Se for usar queijo ralado, coloque-o neste momento, ele aderirá melhor;
n) Misture o molho ou outros ingredientes e sirva imediatamente.

DIA DAS MÃES - SOBREMESA ESPECIAL

Musse de Chocolate branco com calda de frutas vermelhas

Ingredientes

Musse:

100 gramas de chocolate branco em barra, picado
500 ml de creme de leite fresco
4 colheres de sopa de açúcar
1 pacote de gelatina em pó sem sabor

Calda de frutas vermelhas:

1 xícara (chá) de morangos congelados
1 xícara (chá) de amoras congeladas
1 xícara (chá) de framboezas congeladas
1 cálice de vinho branco
1 xícara (chá) de açúcar

Fazendo

Musse:

Derreta o chocolate branco em banho-maria com 5 colheres de sopa de creme de leite fresco. Cuidando para não deixar a água ferver. A seguir, peneire o chocolate e reserve. Bata o restante do creme de leite com o açúcar até ficar no ponto de chatilly e misture com o chocolate. Prepare a gelatina conforme as indicações do fabricante e junte ao creme. Passe para uma forma e deixe na geladeira por cerca de duas horas

Calda:

Misture todos os ingredientes em uma panela, leve ao fogo brando até ferver. Depois de frio, coloque a calda sobre o doce e sirva gelado

Saturday, May 17, 2008

MARIA DORA BONADIES VECCHIO - DISCURSO: - BAIRRO A BAIRRO EM AÇÃO

Discurso proferido por Maria Dora Bonadies Vecchio, na ocasião do Encerramento do "Bairro a Bairro em Ação", no dia 24 de março de 1994, na Regional da Mooca:

" Ao me inscrever como voluntária no Centro de Atendimento "CASA", me surpreendi com a grandeza dessa Organização, sendo sua representante a Sra. Silvia Maluf, Dona Luciula e equipe.

Quero parabenizar todos os colaboradores e agradecer Dna. Idalina que me indicou para a Administração Regional da Penha "DREM-7", para tomar parte no programa de Bairro a Bairro em Ação, o que muito me honrou, pois, assim pude conhecer o Diretor Sr. José Flávio e Dna. Carmensita, a Coordenadora, que com muita fibra, soube conduzir essa ardua tarefa. foram muitos dias de sacrifício e dedicação.
Hoje ao ser encerrado este projeto, espero que não parem por aqui e que sirva de exemplo à todas as comunidades e Sociedades de Bairros.

Agora vou falar de mim, da satisfação que tive, apesar dos meus 73 anos, de me sentir útil e poder aplicar o meu tempo disponível em prol dos menos favorecidos.

A beneficiada fui eu, quero que sirva de exemplo. O idoso só é idoso quando para de trabalhar, idade não é problema, façam como eu, ajudem a melhorar nosso Brasil, como voluntária e oficineira. Muito obrigada. Maria Dora".

MARIA DORA BONADIES VECCHIO - ENTREVISTA

CORREIOS - SUPLEMENTO DE NOTÍCIAS N° 203, PÁG. 4 e 5

Brasília-DF, 23 de outubro de de 1992

ESSA GENTE MARAVILHOSA QUE FAZ CORREIOS


ENTREVISTA

Simples, calma, tranqüila e bonita - é essa a imagem que se tem ao conhecer Maria Dora Bonadies Vecchio -, uma paulista que faz de tudo um pouco, e bem feito. Fez CORREIOS durante 12 anos - de 58 a 70 -, depois ingressou nos caminhos diplomáticos que a levaram à Itália - berço dos seus antepassados - mas, o amor aos CORREIOS nunca deixou o coração desta telegrafista que ainda hoje canta o Hino aos Carteiros ( de sua autoria) com voz afinada e muita emoção.

MARIA DORA, UMA PÉROLA CULTIVADA NO TRABALHO DEDICADO AO PRÓXIMO


Quem conhece Maria Dora logo se apaixona pelo seu jeito gostoso de olhar e falar, que transmite muita força e muito amor à vida e ao próximo. Fico imaginado que os CORREIOS sempre foram contemplados com gente assim, cheias de vida para dar às pessoas, e por isso ele é hoje a grande Empresa Brasileira que faz Correios no Brasil. Contemplado ou presenteado, não sei qual é a palavra certa, mas tanto faz, o certo é que Deus tem trazido para os nossos correios as pessoas de que aqui Ele precisa.
Quando Dora chegou à redação, foi amor à primeira vista. Trazia na mão o Hino aos Carteiros do Brasil - que, afina, foi o que fez o POSTALIS mandá-la "de presente" pra nós, da Administração Central - e foi um presentaão! Descobrir nessa pequena mulher um mundo de emoções e grandes lutas é uma tarefa fácil e gostosa, ela adora falar ( como boa descendente de italianos), o que fica difícil é contar tudo isso num espaço tão pequeno. O que talvez encante mais é que, de tudo o que ele já fez na vida, o que a marcou mais foi "fazer Correios" ( que nem a gente).
A sua história está ligada à cidade de São Paulo, no Bairro da Penha, onde começou a trabalhar aos 15 anos. Casou-se aos em 1939, e continuou trabalhando para ajudar nas despesas. Era bordadeira e confeccionava roupas de cama e de bebes. Em 51 montou na sala de sua casa uma escola, conseguiu os bancos escolares e alfabetizava crianças carentes do bairro. Mais tarde prestou concurso e foi trabalhar na Legião Brasileira de Assistência, depois numa indústria têxtil. Para conseguir mais dinheiro, pois seu marido estava doente, confeccionava diplomas ( é calígrafa), chegando a fazer alguns com tinta de ouro.
Foi nessa época que a Sociedade amigos do Bairro de Vila Marieta pleiteou um Posto de Correios, que fou autorizado em fevereiro de 1958. Inaugurado em 28 de julho daquele ano, o Posto de Correio de Vila Marieta começou a funcionar na sala de Maria Dora, na Rua Anita Saba nr. 12. "Naquele tempo, encarregado de Posto não recebia salário, mas comissão de 10% sobre venda de selos ( um prenúncio do nosso atual sistema de franchising?) e não havia carteiros, a Posta Restante atendia 41 vilas. Para melhor divulgação, no início eu fazia uma relação dos destinatários e mandava meus dois filhos avisarem aos interessados. Era gente que vinha descendo morro, alegres...
Para um Posto passar a Agência, tinha que conseguir uma renda de 24 mil cruzeiros em um ano, mas de agosto a dezembro daquele ano Dora conseguiu arrecadas 64 mil e já poderia transformar o Posto em Agência. Em 21 de julho de 1960, saiu a publicação da nomeação de Maria Dora Bonadies Vecchio como telegrafista - nível 12, e ela teve que ir trabalhar no Correio Geral, sua filha foi nomeada como encarregada no dia 1° de agosto de 1960 e ficou cuidando do Posto de Vila Marieta. Qunado o Posto passou a Agência, Dora foi nomeada Titular da mesma. E assim se passaram dez anos até que a Ag^^encia foi fechada porque dora não dispunha mais da sala. Ela continuou no DCT até ser lecenciada por causa de um acidente. Qunado voltou a trabalhar foi para o DENTEL sendo removida para Brasília. Aqui, aos 54 anos, conseguiu fazer o supletivo de 2° grau e prestar concurso de Agente Administrativo, ingressando no Itamaraty. Estudou com afinco o italiano e foi removida para a embaixada do Brasil na Itália. Lá, durante 12 anos, morou com sua filha na Piazza Navona, fêz muitos amigos, colaborou com o Centro de Estudos Brasileiros e, finalmente, resolveu: pediu a aposentadoria e voltou para o Brasil.
Hoje, aos 72 anos, 4 filhos, 10 netos e 2 bisnetas, Maria Dora continua apaixonada pelso Correios. Se você a encontrar e disser onde trabalha, vai ganhar uma amigona. E, se além de trabalhar nos Correios gostar de música, vai ouvir o Hino aos Carteiros que ela compôs em agosto de 1965, a pedido de um carteiro da DR de São Paulo, e que em breve nós iremos divulgar ( porque isso será uma outra matéria). Foi exatamente isso que aconteceu na AAC - associação dos aposentados dos Correios, onde Dora foi recepcionada pela Diretoria e ficou conhecendo o pessoal de Brasília. Ela vibrou com a Associação, cantou, e prometeu compor o hino dos aposentados dos Correios.
Ao se despedir, ela deixou uma lição de vida - a de que "fazer Correios" é mais que um simples trabalho, é dedicação, amor, entusiasmo, vigor e vibração, muita vibração, não importa o tempo que passe. "Lili Pinheiro".


P.S.: Texto reproduzido em 18 de maio de 2008. Maria Dora Bonadies Vecchio faleceu em maio de 1997, na condição de aposentada como Oficial de Chancelaria do Serviço Diplomático Brasileiro.